Saúde Mental em Evidência: Papo Conectado com a Psicóloga Renata Basto

A Psicóloga Renata Aparecida Basto Santos (CRP 04/40.002), criadora da página @sutilezasdocontato, em entrevista concedida para a página Cultura Preta, fala sobre perspectivas e desafios da população preta para a consolidação de uma cultura da saúde mental sugerida pela a campanha Janeiro Branco. Indica leituras sobre saúde mental e relações étnico-raciais, fala sobre autocuidado, autoestima, redes de apoio, etc. Boa leitura!

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal de Uberlândia (2013), pós-graduada em Gestalt-terapia pelo Instituto Gestalt de São Paulo (2018) e pós-graduanda em Psicosexologia pelo Instituto Passo 1. Atualmente, participa de um Grupo de Estudos sobre Questões Étnico-raciais, se considera curiosa e em construção no que tange a esta temática e às outras.

“Contando com as redes de apoio certas, vamos nos fortalecendo para lidar com os desafios provenientes do racismo e da desigualdade social. Se conheçam, busquem ajuda psicológica se julgarem necessário, e façam esse movimento com profissionais com os quais vocês se sintam à vontade para levarem suas questões. Conheçam muito bem seus direitos e deveres e estudem bastante, para compreender o processo histórico, para compreender a nossa atualidade e para saber o que fazer e como se posicionar diante das situações que vão surgindo ao longo da vida. No mais, que vocês possam cada vez mais ter vivências autênticas, seja do ponto de vista estético, relacional ou intelectual, permeadas por respeito e compreensão”

 A‌ ‌campanha‌ ‌Janeiro‌ ‌Branco‌ ‌convida‌ ‌pessoas‌ ‌a‌ ‌pensarem‌ ‌sobre‌ ‌suas‌ ‌vidas,‌ ‌a‌ ‌qualidade‌ ‌de‌ ‌seus‌ ‌relacionamentos,‌ ‌sobre‌ ‌suas‌ ‌emoções,‌ ‌comportamentos,‌ ‌tem‌ ‌como‌ ‌ideia‌ ‌colocar‌ ‌a‌ ‌saúde‌ ‌mental‌ ‌em‌ ‌evidência.‌ ‌O‌ ‌que‌ ‌é‌ ‌saúde‌ ‌mental?‌ ‌Qual‌ ‌a‌ ‌importância‌ ‌de‌ ‌se‌ ‌evidenciar‌ ‌essa‌ ‌questão?‌ ‌ ‌

Compreendo‌ ‌saúde‌ ‌mental,‌ ‌de‌ ‌uma‌ ‌forma‌ ‌mais‌ ‌ampla,‌ ‌com‌ ‌flexibilidade.‌ ‌Faço‌ ‌uma‌ ‌associação‌ ‌da‌ ‌saúde‌ ‌mental‌ ‌com‌ ‌a‌ ‌criatividade‌ ‌necessária‌ ‌para‌ ‌conduzir‌ ‌nossa‌ ‌vida‌ ‌diante‌ ‌das‌ ‌condições‌ ‌(psicológicas,‌ ‌materiais,‌ ‌relacionais,‌ ‌sexuais,‌ ‌étnico-raciais,‌ ‌entre‌ ‌outras),‌ ‌suportes‌ ‌(autossuporte‌ ‌e‌ ‌heterossuporte)‌ ‌e‌ ‌contextos‌ ‌nos‌ ‌quais‌ ‌estamos‌ ‌inseridos.‌ ‌Daí‌ ‌a‌ ‌importância‌ ‌da‌ ‌flexibilidade,‌ ‌pois‌ ‌cada‌ ‌ser‌ ‌humano‌ ‌vai‌ ‌olhar‌ ‌de‌ ‌um‌ ‌lugar‌ ‌muito‌ ‌específico‌ ‌para‌ ‌estas‌ ‌estruturas‌ ‌e‌ ‌para‌ ‌suas‌ ‌possibilidades.‌ ‌Deixamos‌ ‌de‌ ‌ter‌ ‌saúde‌ ‌mental,‌ ‌ao‌ ‌lidar‌ ‌da‌ ‌mesma‌ ‌maneira‌ ‌com‌ ‌questões‌ ‌e‌ ‌situações‌ ‌diferentes‌ ‌ou‌ ‌ao‌ ‌não‌ ‌conseguir‌ ‌dar‌ ‌novas‌ ‌respostas‌ ‌a‌ ‌novas‌ ‌demandas.‌ ‌Falar‌ ‌sobre‌ ‌saúde‌ ‌mental‌ ‌se‌ ‌faz‌ ‌importante,‌ ‌pelo‌ ‌fato‌ ‌de‌ ‌ela‌ ‌ser‌ ‌base‌ ‌e‌ ‌ao‌ ‌mesmo‌ ‌tempo‌ ‌o‌ ‌fio‌ ‌condutor‌ ‌das‌ ‌nossas‌ ‌relações‌ ‌conosco,‌ ‌com‌ ‌os‌ ‌outros‌ ‌e‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌mundo.‌ 

O que é e qual a importância da psicoterapia?

A psicoterapia é um processo muito íntimo e sério de olhar para si e para as questões que permeiam essa existência com a ajuda de um(a) profissional, formado(a) em Psicologia. Sua importância está diretamente ligada à primeira pergunta desta entrevista,  visto que entendo que o meu objetivo enquanto psicóloga, é ajudar as pessoas que me procuram a cuidarem e olharem para sua saúde mental, auxiliar no autoconhecimento e desenvolvimento de uma existência cada vez mais espontânea e autêntica, auxiliar na compreensão das questões que permeiam a existência e as relações das pessoas, assim como ajudar no  desenvolvimento de estratégias de enfrentamento para as questões que são fontes de sofrimento. Sendo assim, saúde mental é importante como processo e como resultado na psicoterapia.

Algo nos chama a atenção a respeito dessa campanha, sem desmerecer a importância do debate em questão. Uma campanha associada a equilíbrio, saúde, reflexão de vida carrega como cor de sua bandeira o branco. Qual a sua opinião a respeito?

Eu compreendo a relevância da campanha em âmbito nacional, pelas iniciativas de promoção de saúde mental nos mais diversos veículos de informação. Em uma leitura superficial e acrítica, entendo que a cor branca, neste contexto, se relaciona a paz, pureza, saúde, entre outras possibilidades. Vale pontuar que existem, ao longo do ano, outras campanhas ligadas a saúde mental, relacionadas a outras cores. A grande questão é que vivemos em um país que, infelizmente, ainda é muito racista. Partindo desse pressuposto, penso que cabe a reflexão e problematização de porquê, na maioria das vezes, a cor branca é associada a algo positivo, de valor, algo benéfico? Particularmente, não conheço iniciativas específicas desta campanha voltadas para a promoção de saúde mental da população negra, que conta com particularidades decorrentes principalmente das reverberações de um processo histórico permeado pelo racismo nas esferas sociais e pessoais, desigualdades e falta de oportunidades.

Quais são os principais desafios que a população negra enfrenta para procurar atendimento?

Acredito que um dos principais desafios na atualidade é uma visão da parte de muitas pessoas da Psicologia  como uma atividade elitizada e inacessível, lugar que infelizmente a Psicologia ocupou por muito tempo e ainda ocupa, mas há tempos muitos profissionais se posicionam diante disso, tornando a atividade disponível e lutando para que a Psicologia possa chegar a todas as pessoas e espaços, visto que todas as pessoas deveriam ter acesso à formas de cuidar de sua saúde mental, tanto em uma perspectiva preventiva como curativa. Outro desafio que percebo é um medo recorrente de que o(a) profissional que vá atender às demandas da população negra não tenha uma bagagem teórica mínima a respeito das questões ligadas à negritude, e, consequentemente, um manejo ético e empático para lidar com as questões decorrentes deste fato.

Atualmente a taxa de depressão e suicídio tem crescido entre a população negra, principalmente jovens e adultos. Esse crescimento pode ter associação com o racismo?

Realmente os números são bem alarmantes e acredito sim que possuem relação direta com o racismo. Na minha abordagem terapêutica, que é a Gestalt terapia, não desconsideramos nenhum aspecto ao olhar para um ser humano. Logo, entendemos que todo ser humano tem sobre si uma influência muito grande do meio no qual está inserido, e, consequentemente, de suas condições de vida. É sabido que historicamente o povo negro foi colocado à margem, tanto no período pré, como no pós- abolicionismo, sem nenhum tipo suporte e/ou incentivo para iniciar uma vida diferente da anterior, marcada por violências dos mais diversos níveis. Dessa forma, compreende-se as grandes mazelas causadas pelo racismo, em níveis estruturais, institucionais e relacionais ao longo do tempo no autoconceito e autoestima da população negra, o que possui, consequentemente, uma ligação com a saúde mental desta população e os altos índices de depressão, ansiedade e suicídio.

Em sua trajetória clínica, quais são as semelhanças e diferenças entre as questões que fazem a população negra procurar atendimento?

Vejo como ponto em comum a busca por uma profissional que, na percepção destes clientes/pacientes, vá compreender melhor as suas vivências, por se reconhecer e se identificar como uma mulher negra. Há também em comum, o aspecto de terem lidado sozinhos com muitas questões que eram fonte de sofrimento antes de procurar ajuda profissional, e um receio de serem julgados ou não serem compreendidos, já que há um grande imperativo social, decorrente do mito da democracia racial e do julgamento rápido das questões levantadas por pessoas negras como vitimização, o que deixa muitas pessoas no lugar do medo, da sensação de incompreensão, da raiva e do silenciamento. E as diferenças são várias, sempre encaro a psicoterapia como um trabalho artesanal, no qual com cada pessoa preciso entender as particularidades do seu universo psicológico. Têm chegado pessoas negras de classes sociais diferentes e com demandas claramente bem distintas. Dentre as temáticas diferentes que tem surgido, aparece a percepção do negro de julgamento por parte das outras pessoas na utilização de espaços públicos, algumas dificuldades na tessitura de relacionamentos pessoais e profissionais, aparece a solidão da mulher negra e do homem negro (homo e heterossexuais). É recorrente a aparição da sexualização e objetificação dos corpos negros. Surgem questões ligadas à inserção da população negra no mercado de trabalho, conflitos familiares, conflitos ligados à escolha religiosa, entre tantas outras questões.

Qual o seu olhar sobre a saúde mental da população negra e a psicologia preta?

Compreendo que é urgente nos atentarmos e aprofundarmos nossa compreensão acerca desses dois temas. Toda a minha graduação em Psicologia se baseou em visões euro americanas de homem, então precisei desconstruir e aprender muitas coisas, tanto a partir do meu lugar enquanto mulher negra, como a partir das demandas que têm chegado ao consultório ao longo dos anos de prática clínica. Desde o ano passado, ampliei e intensifiquei meus estudos acerca do assunto, e tenho reunido frequentemente com algumas colegas que também se interessaram pela temática para estudarmos temas variados dentro da Psicologia Preta. Há um movimento em ascensão na cidade de Uberlândia, que tem contado com o incentivo do CRP/04 (Conselho Regional de Psicologia) e possui o objetivo de olhar para as questões étnico-raciais, por meio de uma Pró-comissão que está em construção, e considero isso um grande avanço. De uma perspectiva individual, tenho a consciência de que ainda tenho muito a aprender e quero continuar buscando conhecimento, por entender que não se esgotam as questões ligadas à essas temáticas. O que tenho encontrado em minhas buscas ainda é pouco material em português e, portanto, aplicável ao nosso contexto e realidade. Vejo que agora que essas duas pautas estão em maior evidência e espero ver mais publicações que sejam de negros, para negros, para nos auxiliar na compreensão da saúde mental da população negra.

O que você diria para os profissionais da saúde que nunca pensaram sobre questões relacionadas ao racismo?

Eu diria para eles buscarem mais informações acerca do racismo e suas consequências para a população negra, assim como desconstruir a ideia de que na prática clínica, olhamos para um ser universal, generalizável. Muito pelo contrário, olhamos e lidamos com seres singulares, multifacetados, complexos. Infelizmente nos deparamos com o fato de as Universidades, tanto públicas como privadas, serem muito deficientes no que tange às temáticas raciais, logo a busca por mais conhecimento, por ora, terá que ser individual mesmo ou em grupos com esse interesse em comum. Há também a possibilidade dos alunos solicitarem junto às coordenações dos cursos a inserção dessas temáticas. Tenho esperança de que isso mude e que grades curriculares contemplem essas temáticas.  Também diria para esses profissionais não julgarem as questões trazidas pela população negra como vitimismo. Ressalto a importância de terem uma escuta atenta e cuidadosa, pois recebo clientes extremamente fragilizados como resultado de condutas antiéticas de profissionais, que reduzem a vitimismo todo um sofrimento emocional e um processo histórico-cultural. Também existem queixas ligadas à profissionais que, por não saberem abordar temáticas raciais, não abrem espaço para as mesmas no setting terapêutico, o que obviamente não deixa os clientes a vontade e atrapalham na construção de um vínculo terapêutico.

Existem dicas gerais que podem ser dadas para pensar a questão da autoestima e confiança?

Sim, apesar de todo o racismo e de todos os desafios dos mais variados níveis aos quais, diariamente, muitas pessoas estão expostas, autoestima e confiança são fundamentais para a nossa saúde mental. Alguns aspectos que podem auxiliar na construção desses pilares são: o autoconhecimento e a compreensão que somos seres únicos, de que cada pessoa carrega suas histórias, suas particularidades, seus conflitos, suas potências e a sua beleza. Se faz importante também reconhecer todo o processo histórico ao qual o povo negro foi submetido, compreender quais são os nossos direitos e deveres como cidadãos e que temos o dever de nos posicionar quando algo incorreto, desrespeitoso, discriminatório, racista ou preconceituoso ocorra. Entendo que é fundamental ter uma rede de apoio, com a qual se possa conversar sobre os temas que emergem. A própria psicoterapia é um espaço que auxilia a desenvolver um olhar diferente para a autoestima e confiança. Por fim, entrar em contato com o que proporciona alegria e prazer, e poder realizar essas atividades ou práticas com uma maior frequência, é importante para o desenvolvimento de confiança e autoestima.

Qual a sua reflexão sobre casais brancos que adotam crianças negras?

O meu conhecimento é bastante raso acerca dos processos de adoção, então respondo esta pergunta deste lugar de não-saber mesmo. Da pouca literatura que tive acesso, deu para perceber que no processo de adoção há uma preferência maior dos casais por crianças brancas e por bebês. Há um índice alto de crianças negras que ficam à espera de um lar e de uma família, e a situação fica ainda mais complicada para os adolescentes negros. Sendo assim, eu acho sim importante o processo de adoção de crianças pretas por casais brancos, desde que hajam os devidos cuidados/orientações no sentido de que essas crianças sejam resguardadas de passarem por um processo de anulação e/ou negação de sua história e ancestralidade e que suas particularidades sejam compreendidas, aceitas e trabalhadas.  Nesse sentido, seriam interessantes encontros de orientação desses pais sobre as possíveis violências que essa criança pode sofrer nos espaços que ela vá frequentar pelo simples fato de ser uma criança negra e a importância de esses pais se posicionarem na defesa dessa criança sempre que houver situações de injustiça ou discriminação. Da perspectiva da criança, também é importante que ela compreenda que realmente pertence àquela família, a despeito das diferenças. É fundamental que essa criança seja respeitada, acolhida e valorizada enquanto uma criança negra e que os pais se esforcem no trabalho de ajudar essa criança a construir uma boa autoestima ao longo do seu desenvolvimento. A representatividade também é importante para que essa criança se veja em outros espaços, pares e até mesmo brinquedos. Podem haver vários desdobramentos, positivos e negativos, que não consigo mensurar por não ser conhecedora dos processos de adoção, do fato de uma criança negra ser adotada por pais brancos. Em minha opinião, é fundamental que esses pais que vão receber essa criança se informem e cuidem com afeto das questões que podem surgir ao longo do seu desenvolvimento físico e emocional, relacionadas ao fato de ela ter a pele negra. É de extrema relevância o cuidado com a saúde mental desses pais e dessas crianças ao longo do processo de adoção.

Como cuidar de si cotidianamente tendo uma rotina exaustiva?

Fazendo as pausas necessárias para compreender os sentidos e significados das próprias vivências, dos encontros e das relações nas quais estamos inseridos. O paradigma no qual estamos inseridos atualmente nos convida a viver de maneira ansiogênica e silencia nossas dores e sofrimentos. Por essa razão, olhar para si, compreender os próprios processos, entender o que  é funcional e nutritivo pra si é importante. Mais uma vez reforço a importância das redes de apoio nesse processo, seja via amigos, familiares, ativismo e/ou militância, desde que nesses espaços você se sinta visto, compreendido e valorizado. A máxima de compreender o que proporciona prazer para cada pessoa também cabe aqui, pois é basicamente impossível lidar com uma rotina exaustiva sem acessar, eventualmente, pequenos prazeres, que possuem um sentido único para cada pessoa.

Para quem gosta de ler e se informar sobre saúde emocional, quais indicações de leituras você faria para nós pretas e pretos?

Ainda são bem recentes e escassos os artigos científicos que abordam essas questões. Gosto muito dos seguintes artigos: Descolonizando a psicologia: notas para uma Psicologia Preta, do Lucas Motta Veiga;  Saúde Mental e Racismo Contra Negros: Produção Bibliográfica Brasileira dos Últimos Quinze Anos, de Marizete Gouveia e Valeska Zanello; Manejo Clínico das Repercussões do Racismo entre Mulheres que se “Tornaram Negras”,  de Jeane Saskya Campos Tavare e Sayuri Miranda de Andrade Kuratani; Psicoterapia, raça e racismo no contexto brasileiro: experiências e percepção de mulheres negras, de Marisete Gouveia e Valeska Zanello. Nas bases de dados científicas Portal Regional da BVS e SciELO também há artigos interessantes, não são muitos, mas eles existem. Também indico para quem deseja ver mais materiais sobre a temática o site do Portal Geledés e o Instagram @saudementalpopnegra, onde há um material bem rico, diversificado e atual sobre essas questões que estamos tratando aqui.

Qual recado você pode deixar para as pretas e pretos que estão lendo esta entrevista a respeito do cuidado com a saúde mental?

Para nunca deixarem que os olhares externos e as dificuldades façam com que eles duvidem do próprio potencial. Eu tenho clareza de que, muitas vezes, o caminho é bastante árduo, nosso profissionalismo e estética são questionados com base no marcador racial. Contando com as redes de apoio certas, vamos nos fortalecendo para lidar com os desafios provenientes do racismo e da desigualdade social. Se conheçam, busquem ajuda psicológica se julgarem necessário, e façam esse movimento com profissionais com os quais vocês se sintam à vontade para levarem suas questões. Conheçam muito bem seus direitos e deveres e estudem bastante, para compreender o processo histórico, para compreender a nossa atualidade e para saber o que fazer e como se posicionar diante das situações que vão surgindo ao longo da vida. No mais, que vocês possam cada vez mais ter vivências autênticas, seja do ponto de vista estético, relacional ou intelectual, permeadas por respeito e compreensão. Penso que nada melhor, e mais fomentador de saúde mental, do que podermos estar nos espaços que frequentamos, públicos ou privados, de uma forma segura, tranquila e não-violenta, e essa é a nossa luta diária em um país ainda marcado pelo racismo.

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